Brasileiro prevê domínio da SEAT ainda na altitude do México
Augusto Farfus sentiu na pele o atual poderio dos motores a diesel turbo da SEAT. Embora tenha como saldo da rodada dupla inaugural da temporada a melhor posição entre os representantes da BMW, o brasileiro sabe que isso está muito longe do ideal para quem sonha brigar pelo inédito título de campeão do WTCC – Campeonato Mundial de Carros de Turismo. E as perspectivas a curto prazo são desalentadoras. "Continuaremos em dificuldades na próxima etapa. No México, a soma de altitude, pista travada e asfalto ruim ajudará os SEAT León”, antecipou.
Farfus já esperava pela demonstração de força da armada espanhola. Os treinos livres e a sessão classificatória, onde a SEAT aniquilou a concorrência ao colocar seus cinco carros oficiais nas primeiras filas, deixavam claro o tamanho do desafio diante do seu público. "Nosso carro era sete quilômetros mais lento no qualifying. Nossa aerodinâmica é melhor, mas eles estão mais fortes de motor”, lembrou.
Com a expectativa preocupante, Farfus espera que a BMW ao menos possa minimizar o favoritismo da SEAT em Puebla e iniciar a reação nas próximas etapas. "Depois do México, os SEAT receberão o acréscimo de peso e, quem sabe, o equilíbrio possa começar a voltar”, imaginou.
Farfus disse que o impressionante desempenho dos SEAT na pista encharcada da segunda corrida não surpreendeu. "Eles se adaptam muito mais ao asfalto nessas condições, por causa da tração dianteira. Os BMW são muito nervosos na chuva”, apontou. "Mas, por tudo o que vimos aqui, acho que nossos resultados poderiam ter sido piores. Sempre achei que o 5º era o máximo que poderíamos almejar”, concluiu.
Texto e foto: MF2 Serviços Jornalísticos / Márcio Fonseca
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