Como continuo um trabalhador, a correria pegou dos dois lados hoje: no de desportista e no de profissional. Tráfego intenso para chegar ao Velopark, e a consequência disso foi piloto e preparador atrasados.
Ao chegar no Parque Fechado, recebemos o sensor para instalar no kart. Fui premiado com o 13. Por falar em números, vocês adivinham o número no jaleco de identificação, retirado a esmo de um caixa??? Tinha que ser o 13 novamente.
Para completar a 'zica', fui para a pista com o suporte da coroa solto. Na correria para sair esquecemos de apertar, aí na 2ª curva PIMBA!!! Fiquei a pé, consegui voltar para os boxes me arrastando, para não detonar nada na 'barata'...
Perdi 8 voltas nessa brincadeirinha, ainda assim voltei para a pista e fiz a melhor volta do treino. Show??? Ao conferir os pesos, percebemos que estava faltando 5 Kg. E mais, o kart 12, o segundo melhor tempo do treino, tinha 7 Kg a mais. O que pensar para o futuro?
No 2º treino, com pesos corretos, o kart se acertou na pista; a briga pelo melhor tempo se deu volta a volta. Ao perseguir o kart 500, fiz novamente o melhor tempo. Show??? Muita calma nessa hora!!! A diferença era mínima, dei tudo que tinha e não usei os pneus da prova.
Como tudo estava correndo bem, abortamos o warm-up. Explicando o warm-up: ele é usado para testar o kart na situação de tomada. Quem tem grana, coloca pneus novos e testa seu equipamento nessa condição, praticamente uma pré-tomada. Mas eu disse grana, tem que ter muita grana!!!
Tomada: aahhh, a tomada de tempos... a hora da verdade. Liberada a pista, todo mundo se encolhe pra sair, bem coisa de piloto. Assumi o risco e estilinguei como nunca na vida, abrindo uma avenida para ninguém usar o vácuo. O kart estava muito bom, logo veio o tempo abaixo de 1min08s.
Mas aí entram os detalhes... eu baixava o tempo a cada volta - era volta rápida em cima de volta rápida, porém no painel do kartódromo eu permanecia sempre na 4ª colocação. Aí o 1º detalhe: um trenzinho de três karts (correndo em equipe) dominavam a grelha. Isso é vácuo, ajuda mútua, um melhora, todos melhoram.
Após sinais de box, resolvi esperar o kart 12, para tentar o vácuo numa volta apenas. E o que aconteceu? Empurrei tanto ele que perdi o 4º posto, finalizando a Tomada em 5º, com o tempo de 1min07s393. O pole (kart 85) achou uma volta espetacular, no vácuo de dois karts, na casa dos 1min06s5.
Na Master, a categoria onde eu me enquadro, fui o pole. Mas com poucos karts no grid, e diante do equilíbrio apresentado, queremos mesmo é a vitória na Geral, não!? Resumindo, a 'barreira' foi imposta, serão 3 karts usados em equipe com um só objetivo: o título. Mas nada está perdido!!! No Velopark, ser 5º é muito melhor que ser 4º, pois o lado ímpar leva vantagem mesmo após a 1ª curva . Aguardem a Pré-Final, que acontece neste sábado...
Mais um detalhe importante - e com um pingo de alfinetada: o presidente da FGA nem apareceu no Velopark ainda.
Fico emocionado em saber que o kartismo gera todo esse interesse. Para finalizar, voltei ao trabalho após a tomada de tempo, com mais de 15 ligações no celular, diversos assuntos por resolver. A BR 386 sofreu nova interdição pelo MST; houve mais um acidente estúpido nas estradas, com um saldo de duas mortes; a Freeway está parada, com o seu engarrafamento monstro após às 18 horas.
E a vida continua, amanhã é a Pré-Final, preciso chegar no mínimo em terceiro.
Pelo que se viu nas Tomadas de Tempo das categorias Sudam e Sudam Jr do Pan-Americano, os chassis brasileiros taparam a minha boca, hein!?
Maurobala Rodeghiero - KART 35 F4
A convite da Waf Racing, o piloto Maurobala Rodeghiero está escrevendo para o blog uma espécie de diário de piloto, relatando a sua participação no Campeonato Sul-Americano de Kart, evento que acontece simultaneamente ao Campeonato Pan-Americano de Kart neste fim de semana, entre os dias 07 e 10 de maio, no Kartódromo Velopark, em Nova Santa Rita (RS). A bordo do seu tradicional kart 35, o piloto Maurobala Rodeghiero competirá na categoria F4 (que utiliza motores 13HP, fornecidos pelos organizadores do evento).
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