O sábado foi dia de Pré-Final. Ao chegar no Velopark, já tínhamos decidido que o warm-up, programado para a parte da manhã, seria abortado, para economizar energias. Até porque, como a corrida estava programada para a parte da tarde, os dados colhidos pela manhã não seriam muito significativos para o acerto da prova.
Primeira notícia que correu os boxes: dois concorrentes trocaram de motor, o kart 06 e o kart 12. Com isso perderiam duas posições no grid de largada. Herdei o 4º posto, justamente o lado ruim de largar!!!
Ansiedade pegou, o calor também; e as disputas estavam acirradas em todas as categorias do evento. Na largada, as minhas dúvidas eram: o trio da ponta iria formar equipe? Ou seria cada um por si? O que vai acontecer???
Outra notícia lamentável de hoje foi o falecimento da Dona Leonor. Infarto fulminante. Para quem não a conheceu, ela trabalhou por anos no GOLD KART e no kartódromo de TARUMÃ, como recepcionista dos pilotos e secretária nos dias de eventos, tinha um jeito todo peculiar de se relacionar com os frequentadores daqueles espaços. Meus sentimentos à família.
Vamos à Pré-Final: alinhamos e, após 2 voltas de aquecimento, largamos de uma forma um tanto confusa, pois o 2º colocado (kart 500) engasopou (ou falhou na acelerada). Com isso, eu fiquei encaixotado atrás e tomei a decisão de me colocar por fora, já que o centro da pista encheu. Eram quatro karts a dividir espaço na curva 1 da pista, a chincane do final da reta principal, ali onde mal cabem dois. Infelizmente um foi espirrado para fora, e justamente quem vos escreve...
Com o kart todo avariado - o bico ficou pendurado por 5 cm de plástico apenas e arrastava no chão a cada curva _ caí para a sexta colocação e segui o trenzinho dos ponteiros. O problema é que nas curvas para a direita o kart não era igual aos treinos, não tinha o mesmo comportamento.
Minhas dúvidas foram respondidas, a equipe do trio estava cada um por si, o que facilitou muito, pois houve disputas, troca de posição dos ponteiros, e isso embaralha tudo. Apesar da minha condição de tocada piorar a cada volta, ainda me mantinha próximo do trem de corrida.
O final se aproximava e, faltando três voltas, cheguei no meu concorrente direto, o kart 06. Ele fez a defensiva e eu tinha que tomar uma decisão. Com o bico praticamente solto, era arriscado só acompanhá-lo - uma freada antecipada dele e eu daria adeus para a bateria de hoje!!!
Na manobra defensiva dele na reta de chegada, meu kart tinha força para colocar por fora e passar naturalmente. Fiz isso. Cheguei meio kart a frente na curva 1 - o "S" aquele no final da reta. O detalhe é que eu estava meio kart a frente, mas pelo lado de fora da pista, e meio kart não é kart inteiro. O esfrega foi inevitável. Nesse esfregar de rodas acabei espirrado da pista mais uma vez.
Azar? Sorte do outro? Imperícia? Fui afoito? Eu tinha que chegar e passar, se ficasse escolhendo o melhor momento, o bico seria arrancado em qualquer toque. E defender posição é um dos 'dons' do piloto do kart 6.
Enfim, ficou tudo para ser decidido na Final. O grande dia será amanhã!
Estou dolorido pelas 2 pancadas, decidimos que vamos para o warm-up, ver como ficou os reparos no chassi, já que cheguei com ele arrastando as rodas dianteiras.
Até o próximo relato e, com boas notícias, assim espero!!!
Maurobala Rodeghiero - KART 35 F4
A convite da Waf Racing, o piloto Maurobala Rodeghiero está escrevendo para o blog uma espécie de diário de piloto, relatando a sua participação no Campeonato Sul-Americano de Kart, evento que acontece simultaneamente ao Campeonato Pan-Americano de Kart neste fim de semana, entre os dias 07 e 10 de maio, no Kartódromo Velopark, em Nova Santa Rita (RS). A bordo do seu tradicional kart 35, o piloto Maurobala Rodeghiero compete na categoria F4 (que utiliza motores 13HP, fornecidos pelos organizadores do evento).
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