Acidente há um ano quase encerrou carreira do piloto de Santa Gertrudes
Um ano depois do grave acidente que sofreu em Interlagos, o paulista José Vitte admite uma certa apreensão na volta ao autódromo paulistano no fim de semana para a quarta rodada dupla da Copa Fiat. Em 2011, o piloto da pequena Santa Gertrudes, cidade com cerca de 20 mil habitantes localizada na região de Piracicaba, bateu forte na chicane da subida do Café e fraturou a clavícula direita. Em consequência, foi submetido a cirurgia e implante de uma placa de titânio que carrega até hoje. O longo período de fisioterapia significou o fim da temporada do Caipira Voador.
Vitte perdeu o controle do carro na primeira bateria e acertou o muro de frente. "Vou ter de passar por ela, não tem jeito, mas a sensação é meio estranha", disse, sem esconder o nervosismo pelo reencontro. Curiosamente, a chicane foi criada em decorrência da tragédia que custara a vida de Gustavo Sondermann meses em prova da Copa Montana. "Eu já havia levado outros sustos grandes, como numa pancada na entrada dos boxes de Interlagos na Copa Corsa, mas nunca com um impacto frontal tão forte", lembrou.
As dores perseguiram Vitte por muito tempo e chegaram a colocar em dúvida o seu retorno às pistas. "Ainda hoje faço fisioterapia uma vez por semana. Toda a região do plexo braquial era a que mais incomodava", explicou Vitte, que já começava a aceitar a ideia de pendurar o capacete. Mas a paixão pelo automobilismo falou mais alto. "Dez dias antes da abertura da temporada surgiu a oportunidade de continuar correndo, num esquema com a Iveco que eu jamais tivera antes. Felizmente, contei com o apoio da minha mulher, Ângela. Por ela, eu pararia, mas ela foi a primeira a aceitar minha decisão, porque sabia que esse era meu sonho. Ela percebeu que me senti muito mal nesse período de ausência das corridas".
Se a resistência da esposa foi facilmente contornada, o filho Felipe, de 7 anos, não mostrou a mesma resignação. "Quando viu que eu iria viajar para a primeira etapa, em Londrina, ele veio me cobrar a promessa de parar de correr. Mas eu e a mãe conversamos bastante com ele, que entendeu a situação", contou Vitte. Nestes dias, Vitte deverá contar - além de toda a família, que inclui ainda a filha Marina, de 16 anos - com o suporte de dezenas de torcedores da cidade, distante 200 quilômetros de São Paulo. Espera retribuir a confiança com um resultado bem superior ao da recente etapa de Curitiba, onde "zerou" nas duas corridas. "O carro que voava em Goiânia não tinha a mesma velocidade em Curitiba. Fizemos uma revisão geral e não encontramos nada de errado. Espero que seja apenas um problema pontual de adaptação ao circuito e que tudo mude em Interlagos".
Para consultar a galeria de fotos, acesse http://www.racingfestival.com.br/fotos.aspx
O Racing Festival é uma realização da RM Racing Events, com patrocínio de Fiat, Itaú e Yamaha, co-patrocínio da Pirelli e apoio da Iveco e Master Power.
Texto: Márcio Fonseca / MF2 - Serviços Jornalísticos Ltda
Foto: Duda Bairros/MF2
Um ano depois do grave acidente que sofreu em Interlagos, o paulista José Vitte admite uma certa apreensão na volta ao autódromo paulistano no fim de semana para a quarta rodada dupla da Copa Fiat. Em 2011, o piloto da pequena Santa Gertrudes, cidade com cerca de 20 mil habitantes localizada na região de Piracicaba, bateu forte na chicane da subida do Café e fraturou a clavícula direita. Em consequência, foi submetido a cirurgia e implante de uma placa de titânio que carrega até hoje. O longo período de fisioterapia significou o fim da temporada do Caipira Voador.
Vitte perdeu o controle do carro na primeira bateria e acertou o muro de frente. "Vou ter de passar por ela, não tem jeito, mas a sensação é meio estranha", disse, sem esconder o nervosismo pelo reencontro. Curiosamente, a chicane foi criada em decorrência da tragédia que custara a vida de Gustavo Sondermann meses em prova da Copa Montana. "Eu já havia levado outros sustos grandes, como numa pancada na entrada dos boxes de Interlagos na Copa Corsa, mas nunca com um impacto frontal tão forte", lembrou.
As dores perseguiram Vitte por muito tempo e chegaram a colocar em dúvida o seu retorno às pistas. "Ainda hoje faço fisioterapia uma vez por semana. Toda a região do plexo braquial era a que mais incomodava", explicou Vitte, que já começava a aceitar a ideia de pendurar o capacete. Mas a paixão pelo automobilismo falou mais alto. "Dez dias antes da abertura da temporada surgiu a oportunidade de continuar correndo, num esquema com a Iveco que eu jamais tivera antes. Felizmente, contei com o apoio da minha mulher, Ângela. Por ela, eu pararia, mas ela foi a primeira a aceitar minha decisão, porque sabia que esse era meu sonho. Ela percebeu que me senti muito mal nesse período de ausência das corridas".
Se a resistência da esposa foi facilmente contornada, o filho Felipe, de 7 anos, não mostrou a mesma resignação. "Quando viu que eu iria viajar para a primeira etapa, em Londrina, ele veio me cobrar a promessa de parar de correr. Mas eu e a mãe conversamos bastante com ele, que entendeu a situação", contou Vitte. Nestes dias, Vitte deverá contar - além de toda a família, que inclui ainda a filha Marina, de 16 anos - com o suporte de dezenas de torcedores da cidade, distante 200 quilômetros de São Paulo. Espera retribuir a confiança com um resultado bem superior ao da recente etapa de Curitiba, onde "zerou" nas duas corridas. "O carro que voava em Goiânia não tinha a mesma velocidade em Curitiba. Fizemos uma revisão geral e não encontramos nada de errado. Espero que seja apenas um problema pontual de adaptação ao circuito e que tudo mude em Interlagos".
Para consultar a galeria de fotos, acesse http://www.racingfestival.com.br/fotos.aspx
O Racing Festival é uma realização da RM Racing Events, com patrocínio de Fiat, Itaú e Yamaha, co-patrocínio da Pirelli e apoio da Iveco e Master Power.
Texto: Márcio Fonseca / MF2 - Serviços Jornalísticos Ltda
Foto: Duda Bairros/MF2
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